terça-feira, 25 de agosto de 2009

Afinal, o que é o MPL?



Muita gente ouve falar e nem sabe direito o que realmente é ou como realmente funciona, assim como há pessoas que desacreditam dessa luta, dizem ser apenas bagunça de jovem sem propósito, ou "revolucionário sem causa" como outros preferem.

Antes eu como muitos, achava que era meio utópico isso tudo, porém depois de conhecer melhor e participar das manifestações contra o aumento percebi que na verdade é um direito nosso, e o MPL nada mais faz do que lutar por ele.A fim de passar adiante um pouco sobre o que é o MPL, pois apesar de ter o blog a disposição, não são todos que se empenham em procurar.

Mesmo que você não concorde com o movimento, adquirir conhecimento nunca é demais, saiba antes de falar por aí que não existe causa, ou que a causa é perdida.Adquira conceitos e não preconceitos.

O que é?

O Movimento Passe Livre (MPL) é um movimento social brasileiro que luta por um transporte público de verdade, fora da iniciativa privada. Uma das principais bandeiras do movimento é a migração do sistema de transporte privado para um sistema público, garantindo o acesso universal através do passe livre para todas as camadas da população. Hoje, o MPL quer aprofundar o debate sobre o direito de ir e vir, sobre a mobilidade urbana nas grandes cidades e sobre um novo modelo de transporte para o Brasil.
As ações do MPL passam por trabalhos de divulgação, estudos e análises dos sistemas de transporte nas principais cidades do país, levando essas informações para diversos setores em cada município. Além disso, outra característica marcante são as manifestações de ação direta, intervenções lúdicas e leis de iniciativa popular. O MPL utiliza-se desses mecanismos para pressionar o poder público, em todas as esferas. Acreditamos ser essa a melhor maneira de fazer política.

Como surgiu ?


A revolta popular que originou os princípios e a ideia do Movimento Passe Livre aconteceu em Salvador, capital da Bahia. Em 2003, milhares de jovens, estudantes, trabalhadores e trabalhadoras fecharam as vias públicas, protestando contra o aumento da tarifa. Durante 10 dias, a cidade ficou paralisada. O evento foi tão significativo que se tornou um documentário, chamado “A Revolta do Buzu”, de Carlos Pronzato. O filme mostra como a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) tentaram liderar uma revolta que não iniciaram. A Revolta do Buzu, até então, era caracterizada como um movimento autônomo e espontâneo. Após o racha, a UNE e as outras organizações se colocaram contrárias ao movimento porque não conseguiram liderá-lo.
No ano seguinte, 2004, um grupo de estudantes em Florianópolis já se articulava numa proposta diferente das organizações estudantis oficiais. Inspirados nos acontecimentos de Salvador, a cidade parou na famosa “Revolta da Catraca”. Os protestos pediam, mais uma vez, a redução das tarifas de ônibus, e havia a participação de estudantes, associações de moradores, professores, sindicatos e a população em geral.
Essas experiências de Florianópolis e Salvador foram tão significativas que, em 2005, o “Movimento pelo passe livre” da capital catarinense decidiu organizar uma grande reunião (plenária) no quinto Fórum Social Mundial, em janeiro de 2005. Lá, pessoas de diversas cidades do país dividiram suas experiências na luta por um transporte coletivo de livre acesso e pelo passe livre estudantil. Ali nasceu, oficialmente, o Movimento Passe Livre, que hoje está presente em todas as regiões do país, nas principais cidades.

Como surgiu o MPL em Joinville?


Logo após a criação do MPL nacionalmente, em janeiro de 2005, um grupo de quatro estudantes de Joinville entrou em contato com o movimento em Florianópolis. Em 28 de março de 2005, foi criado o coletivo em Joinville. Desde lá, o MPL sempre esteve presente nas ações para barrar o aumento de tarifas, nos desfiles de carnaval e de 7 de setembro, além de promover ações, debates, mostras de vídeo e outras atividades.

Mais informações: http://www.mpljoinville.blogspot.com/

Perguntas mais frequentes

[Ana Luiza Hemb, Presidente do Grêmio Estudantil do Conselheiro Mafra.]

sábado, 8 de agosto de 2009

Protagonismo Jovem na Sociedade.

O jovem sempre foi muito criticado na sociedade, ainda mais por ser uma fase de explosão de hormônios em fúria.Talvez a culpa de os jovens viverem intensamente sua época, correr atrás das injustiças e tentar mudar o mundo, seja dos 
malditos hormônios.Ou talvez não.De qualquer modo é geralmente nessa fase da vida que acordamos para todo um mundo, muito bonito sim, mas também com grandes desequilíbrios.
O comodismo é um mau parasitário que atinge a muitas pessoas, em sua maioria que ou por ignorância, ou pelo egoísmo de achar que as desigualdades que assolam o mundo não vão as atingir, deixam as coisas como estão.
O cotidiano das pessoas é influenciado por acontecimentos históricos diversos que podem parecer distantes em termos temporários e espaciais, mas que na realidade influenciam de maneira decisiva a vida diária.
A cidadania vai muito além de pertencer a uma pátria, e não basta limitar-se ao conceito de noção de direitos, especialmente os direitos políticos.Viver em sociedade é viver em conjunto, olhar além de seu próprio quintal e ver que se há infestação de ratos na vizinhança, logo terá em seu quintal, não adianta fechar os olhos.
Quanto mais você conhece do mundo mais você se revolta em ver como as pessoas aceitam ou desistem fácil demais, viram conformistas.
Os jovens são classificados como "revoltados", "rebeldes" etcetera, justamente por estarem conhecendo e discernindo melhor o mundo, por estar formando seu carácter, seus ideais, mas muita gente não tem o entendimento disso.E pode-se dizer que os jovens lutam por seus ideais exatamente por acreditar que vale a pena lutar, por saber que se ele não fizer nada, as coisas continuam como estão e tem tendência a piorar.

[Ana Luiza Hemb, Membro do Grêmio Democracia Direta]